11.12.07

Estou na rua, mas há um mundo lá em casa



Um mundo de equilíbrio e surpresas. Com pessoas que conheço e de quem gosto, um mundo com a minha música e muitas das outras peças que me compõem. Por vezes há um silêncio que se pode confundir com falta de ideias, talvez com meditação ou mesmo sensatez.
Na rua há gente a mais e como tal um crescendo, a tender para o infinito, de disparates. Há telefones que tocam para ninguém, lixo espalhado e montras esquecidas por um tempo mais antigo do que eu. Há memórias sem nome a rebolar rasgadas como papéis. Falsos pedintes, falsos heróis, modas falsas, discotecas sem graça, restaurantes sem lugar para mim, falta de táxis, chuvas despropositadas e pessoas que não quero encontrar.

Pois é. Mas também é lá que estão quase todos os meus amigos. Acho que vou sair e almoçar.