23.12.07

Para o ano há mais. Boas festas a todos, menos para os alvos do costume. Para acabar bem este 2007 só me falta fazer um desejo.

Oh Sócrates vai-te embora e leva os teus amigos

17.12.07

Melingo & Repetto


Frágil em dose dupla


Intervalo na leitura do Murakami, depois do Kafka e d'Os amantes do sputnik. Agora estou a ler "O cantor de tango" de Tomás Eloy Martínez. Um bom livro para ler a ouvir o disco do Cristobal Repetto.
Pelo meio intromete-se a realidade e principalmente a tentativa de comprar as prendas de Natal. Nem tudo pode ser encomendado e por isso é preciso resistir de cara alegre à vontade de deixar as lojas e as prendas para outra altura...
Quarta e quinta vou ao Frágil, com discos debaixo do braço, para as últimas 2 noites de dj deste ano. Para o ano que vem farei 50 anos e pensarei duas vezes, antes de subir as escadas e tentar convocar gentes para a dança.




12.12.07

Há um governo que impede de respirar, e nós deixamos


Pode ser em nome da saúde pública, mas eu não agradeço, antes reclamo. Prefiro morrer amanhã com uma empada mal acondicionada, a nunca mais comer uma dessas jóias de textura e sabor. Eu não pedi que me vigiassem as entradas do corpo, que me impedissem de comer ameijoas fora da época, que pusessem etiquetas no interior das couves, que me esterilizassem os talheres e desinfetassem as carcaças.

Este triste governo da "taxa falhada para os sacos do super", é o mesmo dos copos de plástico por todo o lado, das embalagens desnecessárias, das congelações súbitas e obrigatórias. Não é o governo, são "os outros" ? Quero lá saber! É o governo na mesma!

É a tristeza cinzenta de ser vigiado, é um fascismo lento, que nos cerca e invade, que se arma em defensor do futuro.

É o Sócrates que nos mata e a ASAE é um dos profetas.

Leiam o texto do António Barreto sobre isto. Encontrei-o no atípico, mas vem do sorumbático com alguns comentários do autor.
Quando serei multado por dar a provar a outrém, comida do meu prato, usando o meu garfo(nãããão) ou mesmo o da vítima de tão grave atentado. E beijos na boca, pode ser?

E quando é que se vão meter com a Igreja Católica, mais a sua celebração, que claramente não respeita estas importantes normas? Quando veremos uma delegaçãozinha de deputados europeus a explicar aos senhores do Vaticano que o figurino actual não pode continuar?

Nada de hóstias sem prazo de validade, muito menos sem embalagens individuais e quanto à sua distribuição, se não puder ser com uma máquina automática, pelo menos com uma pinça, e nada de sobras guardadas para a missa do dia seguinte!!!

Limpar o cálice com um pano, nem pensar! E está fora de questão que possam beber todos pelo mesmo copo, uma bebida sem rótulo que aparece numa embalagem não normalizada.

Tal como a PIDE, esta ASAE é apenas o braço armado de gente que nos quer proteger de nós próprios.

Posso estar a falar, mas há outro mundo cá dentro



Muitas vezes nem oiço bem o que me dizem, respondo como se acordasse e até receio não estar a falar ou não estar a continuar a conversa certa.
Acredito que haja comprimidos para isto, mas nisso sou como a amy winehouse e digo "no no no".
Paro. Tenho um dedo na boca quase a roer a unha respectiva. Algures dentro de mim, mexem-se várias frases estralhaçadas, meras ideias de ideias. Troco de dedo. Nenhuma frase completa. Escrevo, corrijo, apago.

11.12.07

Estou na rua, mas há um mundo lá em casa



Um mundo de equilíbrio e surpresas. Com pessoas que conheço e de quem gosto, um mundo com a minha música e muitas das outras peças que me compõem. Por vezes há um silêncio que se pode confundir com falta de ideias, talvez com meditação ou mesmo sensatez.
Na rua há gente a mais e como tal um crescendo, a tender para o infinito, de disparates. Há telefones que tocam para ninguém, lixo espalhado e montras esquecidas por um tempo mais antigo do que eu. Há memórias sem nome a rebolar rasgadas como papéis. Falsos pedintes, falsos heróis, modas falsas, discotecas sem graça, restaurantes sem lugar para mim, falta de táxis, chuvas despropositadas e pessoas que não quero encontrar.

Pois é. Mas também é lá que estão quase todos os meus amigos. Acho que vou sair e almoçar.

10.12.07

Estou em casa, mas há um mundo lá fora


Já se foram embora os da cimeira? Terão levado o Sócrates?

Na verdade não quero saber. Estou a ler Haruki Murakami e a ouvir música de outros anos. Se saio para trabalhar nem reparo. Se leio o jornal, salto as secções quase todas, incluindo o desporto(o Belenenses está fora da taça) e a programação da tv. Vou fazer de DJ mas isso é só a 19 e 20, ainda falta. Oiço Kurt Weil e faço bolachas.

5.12.07

Frágil


Amanhã (dia 6) no Frágil vai haver música clássica e não só. Por volta da meia noite apresenta-se o Quarteto Artzen (Ana Pereira - violino, Ana Filipa Serrão - violino, Joana Cipriano - viola, Carolina Matos – violoncelo) e a seguir haverá música variada(ou não) com os dj's: Rodrigo Leão e JP Diniz .